domingo, 27 de novembro de 2005

Os Mistérios de São Lourenço


by Graziella Ruiz

Você quer descansar no zen,
Leve as crianças.
Eu tiro o môfo,
Pinto a casa,
Compro um persa novo.

Beba lá,
A água das fontes,
Brilhe ao sol,
Abrace as crianças.

Eu parto daqui,
Vou estar com vocês,
Entre amigos e amigas,
E não sei mais o quê ...

Numa praia de Atlântida?

Se oriente do norte,
Para o sul,
Com o ouro no zênite,
Onde brilham as estrelas,
Que acobertam os mistérios
De São Lourenço.

quinta-feira, 17 de novembro de 2005

O Zarb revisita o Brasil

Olha, olha
Ele perdeu a ilusão
Do carro esporte,
Foi andar de jegue
No norte.
Jericó, lembra?
Feito mortadela.
Pós-papa-não.
Há morte inocente,
Os olhos não vêm,
Mas Deus sabe acolher.
A viagem à Europa,
A nova grife.
What´s your name?

A fome do seu povo
Foi revisitar
Que só come ovo,
Revisitar Jardins Paulistas,
Copacabana, seja aqui, alí, ou lá,
Para sorte do lugar,
Faculdades ideais incertos,
De olhos abertos,
A cabeça pensa,
A face assustada,
Por tudo aquilo,
Que corre lá fora.
(e os olhos não vêm...)
Olhe,
Olhe agora,
Olha,
Olha.

Esta foi em parceira com o Zarb, que anda perdido na poeira da estrada...

domingo, 13 de novembro de 2005

Coisa e tal

Estas músicas que tocam no rádio.
Não são para você ouvir.
Assim, ouvir.
São para você lembrar.
Que um dia teve um amor.
E que foi gostoso.
E coisa e tal.

sábado, 12 de novembro de 2005

O mutante, on ovo, o Caetano, e Oiticica

Sempre a cada dia,
sinto de novo a ilusão,
Maia.
Allisilusion.
Como diria o mutante:
"Todos reunidos numa pessoa só".

Ando meio preocupado.
Onde será que anda o novo?
Que tantos pensaram.

Sobrou o rítmo, Brasil,
único que pede passagem.

Oi, que tem.
Oi, que vem.
Oi, que fica.

Oiticica.

Pô, esqueci o Caetano,
que estará com que idade?
Ou sumiu no cangaço,
ou reaparece siempre.
Science.

Onde estará a razão?

"Ôrra meu!"

Já tive uma solitária na barriga,
que saiu de mim e foi viver com outro.

"Qual é bicho?"

quinta-feira, 10 de novembro de 2005

Nirvana Tropical

Se você não ousar,
pelas estrelas,
vai me encontrar.
Não que eu seja um foguete,
eu sou o rei do planeta.
Eu sou a sua loucura.
Junte tudo, pois dá,
meia página de um livro.
Mexa.
Remexa.
Escreva uma trilogia,
pois como o rei desta rua,
volatizarei o seu neon.
Aum. Nirvana tropical.

S.O.S. S.O.S. S.O.S.
Lá vem ajuda do oriente,
e a mente quente,
cai no trilho.

Pingente loucura.

sábado, 5 de novembro de 2005

Cuica Paulista

Sei que você não é.
A minha querida.
Cidade.
Teu fog não.
Tão londrino.
Inspira tanto.
Cuidado.
Mas, ah!
Tantos dias passei.
Em tuas entranhas.
Hoje sou.
Parte de ti.
Não vejo.
Muito.
As montanhas.

Gosto da Paulista.
E da triste.
Vinte e três de maio.
O centro, velho.
Já não faz parte de ti.
Virou.
Cosmogonia brasileira.
O Páteo.
O Colégio.

quarta-feira, 2 de novembro de 2005

Salada de frutas


Um cacho de uvas patty.
Produzidas nos arrabaldes.
Crescem com hormônios.
Assim,
Cacho por cacho.
Coisas de japonês.


Uma dúzia de bananas d' água.
Só servem p´ra fritar.
Assar.


Ganhei um mamão.
Já podre.
Mas, havia comprado uns de bacia na feira.
Mamão papaya da amazônya de Atibaya.


Goiaba amarga, mas vermelha.
Mas vermelha.
É.
Tem que ser vermelha.


Maracujá tem que se comprar.
Pesado.
Não só pesado.
O próprio sentido pesado.
Na mão.
Senão.
Uma semente ou duas.


Ôco.


Côco.
Côco não sei se é fruta...